sexta-feira, 6 de março de 2009

Cardeal, um orgulho de Santa Vitória do Palmar


Trancrevo matéria publicada pelo governo gaúcho, na campanha Porto Alegre candidata a sub-sede da Copa 2014, motivo de orgulho para todos Santavitorienses!!!!!

20:55 25/01/2009
UMA LENDA CHAMADA CARDEAL E A GLÓRIA DO G.E 9º R.I

Cardeal fez seu primeiro jogo pela Seleção Brasileira em janeiro de 1937 (Banco de Dados)
Nessa saga de recordar as relações dos gaúchos com a Seleção Brasileira, vale a homenagem a Sezefredo Costa, conhecido nas décadas de 30 e de 40 como Cardeal, integrante do selecionado grupo de craques gaúchos e brasileiros, Ele ganhou este apelido porque sempre jogava com a cabeça coberta por um gorro vermelho. Cardeal tem um rica e ao mesmo tempo trágica história, que acompanha jogadores que vestiram a camisa da Seleção Brasileira.Cardeal nasceu em Santa Vitória do Palmar, em 1914 e, tuberculoso, faleceu, prematuramente, aos 35 anos, em 1949, em Montevidéu. Já doente, ele foi levado para aCapital uruguaia por dirigentes do Nacional, onde havia atuado com destaque. E o Nacional foi admirável com o ex-idolatrado craque, manteve Cardeal hospitalizado, com toda a assistência que ele precisava, até o dia de sua morte.SUCESSO NA SELEÇÃO GAÚCHA E BRASILEIRAConta a lenda que Cardeal não tinha um pulmão, extirpado em uma cirurgia por conta de uma turberculose. Por isso ele não corria, ficava parado perto da área, mas quandor recebia a bola o pulmão não fazia falta.Cardeal despontou para o Brasil e para a América do Sul, quando deu ao seu clube de coração, o antigo Regimento de Pelotas, o campeonato estadual de 1935, derrotando o Grêmio na capital. Depois Cardeal partiu, convocado para comandar o ataque da Seleção Brasileira, em 1937, brilhando no Sul-Americano (1º jogo em 30/01/1937); quando começaram a surgir as propostas: de Montevidéu, de Buenos Aires, do Rio de Janeiro, de São Paulo. Ele acabou assinando com o campeão uruguaio Nacional. Pelo Brasil, disputou o Sul-Americano de 1937. A ascensão se consolidou quando jogava pelo 9º Regimento e se destacou nas conquistas regionais de 1935 e 1936. E foi convocado pelo técnico da Seleção Brasileira, Adhemar Pimenta, depois de grandes atuações no Campeonato Brasileiro de Seleções, de 1936, pelo Rio Grande do Sul. Neste ano, a equipe gaúcha conseguiu a primeira vitória contra os paulistas na história do campeonato, que havia iniciado em 1922.No histórico jogo contra São Paulo, o Rio Grande do Sul ganhou por 1 a 0 na prorrogação, gol de Cardeal, após empate em 1 a 1 no tempo normal. Os gaúchos jogaram com Penha; Miro e Luiz Luz; Sardinha, Nestor e Risada; Sorro, Russinho, Cardeal, Foguinho e Tom Mix. Após o Sul- Americano, Cardeal foi vendido do Regimento para o Nacional, de Montevidéu. Em 1939 jogou no Fluminense e, no ano seguinte, retornou para o Farroupilha, onde ainda jogou até 1943.POESIA EM HOMENAGEM A UM GOLO futebol de Cardeal apaixonava os gaúchos. Na época, Carlos Augusto Zubaran, de Rosário do Sul, escreveu um poema em homenagem ao craque do Regimento, fazendo uma referência ao gol da vitória sobre os paulistas, do goleiro Jurandir, em 1936:Na figueira legionáriaOnde fácil é subirCardeal ensaiou uma áriaPara encantar JurandirJurandir foi para um cantoA bola para o outroCardeal talvez por encantoDeixou o goleiro sentadoA GRANDE FASE DO 9º R.I E O NASCIMENTO DO G.A FARROUPILHAA saga de Cardeal está ligada à grande fase G.E. 9º Regimento de Infantaria, de Pelotas na disputa com o futebol da Capital e da Fronteira. O Internacional conquistou o seu segundo título em 1934, vencendo na final o G.E. 9º R.I. (hoje Farroupilha), por 1 a 0, gol de Tupã, cobrando pênalti, até hoje contestado pelos pelotenses. Depois de lamentarem a derrota e o pênalti duvidoso na decisão de 34, os “rapazes do Regimento” resolveram voltar aos treinos com a determinação de dar a volta por cima.Comandado pelo lendário atacante Sezefredo Ernesto da Costa, o Cardeal, o craque do gorro vermelho, o Regimento ganhou novamente o campeonato de Pelotas e o regional e retornou a Porto Alegre para decidir o título. Desta vez, porém, o adversário foi o Grêmio e o 9º Regimento venceu, comemorou o título do campeonato que marcava os 100 anos da Revolução Farroupilha. Seis anos depois, a 13 de dezembro de 1941, mudou de nome em homenagem ao título, para Grêmio Atlético Farroupilha.A VIRADA PELOTENSE COM GOLS DE CARDEALA decisão do estadual começou no dia 20 de outubro, em Pelotas, com vitória do Grêmio por 3 a 1. No segundo jogo, em Porto Alegre, na Baixada, o Regimento surpreendeu e venceu por 3 a 0. O jogo foi disputado no dia 24 de outubro e teve a arbitragem de Ernani De Lorenzi. Com a vitória pelotense, foi necessária a realização de um 3º jogo, disputado no estádio do Internacional, na rua Silvério, diante de 15 mil torcedores, no dia 27 de outubro. O Regimento voltou a ser superior e venceu por 2 a 1, dois gols de Cardeal, é claro. O time campeão: Brandão; Jorge e Chico Fuleiro; Rui (Folinha), Itararé e Celistre; Berila, Bichinho, Cerrito, Cardeal e Gasolina.O Regimento seria novamente campeão de Pelotas em 1936, ano em que inaugurou o seu estádio, no dia 16 de agosto, no bairro Fragata. (Fontes: site www.farroupilha.noradar.com e Memorial do Rio Grande do Sul)

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